domingo, 16 de junho de 2013

 O conto é um texto narrativo centrado em um relato referente a um fato ou determinado acontecimento. Sendo que este pode ser real, como é o caso de uma notícia jornalística, um evento esportivo, dentre outros. Podendo também ser fictício, ou seja, algo resultante de uma invenção. Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão. Mais curto que a novela ou o romance, o conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax. Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto. O conto é conciso.

                               ''O espelho''de Machado de Assis

Cinco homens estão reunidos em uma sala, sob luz de velas. Quatro discutem metafísica enquanto um apenas ouve. Foi quando o ouvinte, chamado Jacobina – reconhecido principalmente por seu temperamento irritante, sua atenção, não gostava de debater, era inteligente e satírico, capitalista e provinciano, enfim, um típico burguês intelectual -, passou a palestrante, narrando um fato que ocorrera em sua juventude, aos vinte e cinco anos de idade. Quando Jacobina foi nomeado alferes da Guarda Nacional, todos os membros de sua família e alguns amigos passaram tratá-lo com mimos e cortesias, chamando-o apenas de alferes. Esta condição, explicava, levou-o a aceitar apenas uma das duas almas que formava o Homem. Sua personalidade atual deixava de existir permanecendo somente o título. Convidado a passar algumas semanas no sítio de sua tia Marcelina, ganha provisoriamente um espelho, onde é posto em seu quarto. Certa vez, Marcolina é levada a deixar o sítio sob a guarda de seu sobrinho. Jacobina então passa semanas sozinho e, para acabar com a solidão resolve se olhar no velho espelho. No começo, vê a imagem desfocada, mas, ao colocar a farda, a imagem passa a se tornar nítida. O autor finaliza a narrativa dizendo que o melhor remédio que encontrara para acabar com a solidão era, a certa hora do dia, por no mínimo duas horas, se olhar no espelho vestido com a farda de sua patente.

De: Maria Eduarda Santos Borstel
Para: Neiva

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